domingo, 4 de dezembro de 2011

Migalhas de Amor...


Migalhas de amor vadio
Amor frio… escorregadio…

Migalhas de amor pequeno
Amor cruel… amor veneno…

Migalhas de amor corrido
Amor falso… amor sabido…

Migalhas de um amor torto
Migalhas de um amor que ao nascer…
…já nasceu morto…


texto por Isabel Reis
todos os direitos reservados

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pensamentos da Lua...

Existem momentos tão únicos que valem por uma vida inteira... e vidas inteiras que se perdem por momentos tão pobres e banais...

por Isabel Reis
todos os direitos reservados

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

No silêncio dessas tuas mãos...

No silêncio dessas tuas mãos
Eu me “começo” e me reencontro
Enquanto sons mudos me passeiam o corpo
…formando palavras…
Constroem diálogos sem fim à vista
e dobram o tempo uma e outra vez…
Como se a cada uma fosse a última… e a primeira…
Como se o mundo nada mais fosse que aquele momento…

No respirar que me toca o corpo
Eternizo um encantamento
Em sílabas e ditongos de palavras muitas
Em adjectivos que nem conheço
Em metáforas que nunca me ouvi…
“Despejo” tudo quase em transe
Num rebolar de olhos tresloucados
Grito suspiros de prazer alucinados
Transpiro exageros tão desejados…

No silêncio dessas tuas mãos…
…dessas tuas mãos que tanto me “falam”…
…que tanto me fazem “falar”…
É no silêncio dessas tuas mãos
Que toda eu me quero “acabar”…



texto por Isabel Reis
foto por Conceição Maia (http://facebook.com/conceicaomaiafotosevideos)
todos os direitos reservados

domingo, 30 de outubro de 2011

Enquanto não estás...

Conto as estrelas enquanto não estás
As nossas estrelas…
Aquelas onde nos perdemos dias sem fim
Aquelas que me levaram a ti e te trouxeram a mim…
Conto as estrelas enquanto não estás
Só para voltar a sonhar…
…e sonho…
Sonho com o toque do teu olhar
Sonho com o beijo das tuas mãos
Sonho com a cadência do teu respirar junto a mim…
…sonho…
Sonho com as noites em que nos pertencemos
Os momentos em que nos percorremos
As loucuras em que nos perdemos…

Conto as estrelas enquanto não estás
Conto-as para não contar as horas
Já que gastei o relógio de tanto o contar
Gastei-lhe segundos e micro-segundos
Nada mais resta… ou será que sim?!
Afinal o tempo como o amor…
…é infinito…
Continua a marcar o compasso…
…e eu…
…eu trago um relógio no coração a marcar passo...
…a marcar passo e a contar as estrelas…
…as estrelas que contas comigo…
…as estrelas que nos servem de abrigo…


texto por Isabel Reis
foto por Filipe Carmo
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sábado, 22 de outubro de 2011

Pensamentos da Lua

Quem corre atrás dos seus sonhos, um dia chega ao destino.


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

Pensamentos da Lua

No amor... estamos sempre à distância de um pensamento...


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

Corpo Presente...

Porque teimam as pessoas em continuar a dar valor ao que não tem valor algum?!
Porque teimam em continuar a esquecer a fragilidade da vida?! A capacidade incrível que tem de mudar numa fracção de segundos... Como agora estamos aqui, mas apenas a um passo de deixar de estar… como ao abraçar alguém que amamos, facilmente nos esquecemos de o abraçar com todo o amor que temos… nunca saberemos quando será o próximo abraço…

Porque teimam em esconder o que sentem sob máscaras de indiferença, julgando que assim estão a ser fortes?! Em vez de tomarem consciência que a coragem reside mesmo no assumirem aquilo que realmente sentem, o que realmente pensam...

No meio dessas máscaras e da tal suposta coragem, vão deixando passar os momentos quando o que mais querem é agarra-los… vêem as pessoas ir embora quando por dentro o coração grita e suplica que fiquem, vão embora quando o que mais querem é ficar… sorriem, quando tudo o querem… é baixar a guarda e chorar... “gelam” e distanciam-se quando tudo o que querem é dar largas aos sentidos e amar… E nesse “jogo” insano vão vendo a vida escorrer entre os dedos qual grãos de areia insípidos e porquê? P’ra quê? Vá-se lá saber, o ser humano de tão complexo chega a ser absurdo...

Dizem que “é arriscado, que podem sofrer… que nunca se sabe o que pode acontecer…” mas viver é um risco?! E arriscar é viver... quem não arrisca não sorri... não ama, não ri, não chora, não quebra, não cola, não vibra, não sente... quem não arrisca não chega a ser “gente”… não passa apenas de um corpo presente.

texto por Isabel Reis
foto por Pedro Sarmento
todos os direitos reservados

sábado, 8 de outubro de 2011

Alma de menino

alma de menino/homem
preso num corpo de homem/criança
com esse olhar doce/travesso
circulas pelo mundo
e tudo à volta dança…
dança pela alegria
que trazes com o teu viver
sorri pela fantasia
de ao teu lado crescer…

fantasia que a vida
vai ser só sorrir
porque a gargalhada da tua alma
ouve-se muito antes da tua chegada…
porque a falta do teu corpo
não é sinónimo da tua ausência
porque a vida que trazes contigo
traz a pureza da inocência
o encanto de uma criança
e a certeza do teu coração
vê-se no brilho do teu olhar
no jeito com que agarras o mundo
com que vives o dia-a-dia…

nesta vida de obstáculos
cruzamentos e limites
não percas então no caminho
o que de melhor trazes contigo
o dom que a vida te deu
o dom que a vida nos dá
mas que teimamos em deixar para trás
ao qual teimamos em fugir
mas que é um bem precioso
que quando vai não volta a surgir…

falo de um dom
tão único quanto o amor
o dom de ser criança
de encher o mundo de luz e cor…

luz que trazes no olhar
e no sorriso de menino
cor que trazes no encanto
de ser um homem/ menino…


texto por Isabel Reis
in Delírios de uma alma encontrada - corpos editora/2008
todos os direitos reservados

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pensamentos da Lua...

O amor é feito de pequenos inesperados detalhes, naqueles inesperados momentos certos... no entanto, os detalhes certos, mas esperados... não deixam de ser amor... não deixam de fazer parte do amor... não deixam de fazer crescer o amor.

por Isabel Reis
todos os direitos reservados

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A "bolha"...


Estou exausta… exausta mesmo…
Tão exausta que chego a sonhar que estou numa bolha
Sim?! Numa bolha…
Numa bolha o silêncio impera… e reina a paz…
Numa bolha o mundo pára
Nem que seja por um momento
Já que o relógio deixa de contar o tempo…
Numa bolha posso sorrir… chorar… calar ou até sonhar…
Numa bolha posso ser o que quiser
Pelo tempo que me apetecer
Até porque o tempo deixa de correr…

Estou exausta… exausta mesmo…
Exausta de um mundo redondo… que de tão parvo que é
…chega a parecer quadrado
Um mundo cheio de coisas simples... que deviam ser sempre simples
Mas logo se tornam tão complexas…

Estou exausta… exausta mesmo…
Exausta de pessoas que valorizam coisas sem importância
Coisas mínimas das quais nem vale a pena estar a falar
Coisas que quando acontecem… se tornam logo passado e lá deveriam ficar…
Exausta de pessoas que não vêem as coisas grandes… só porque são “pequenas”
Aquelas coisas que poucos dão valor…
Aquelas muitas coisas pequenas… que marcam os muitos pequenos momentos
Aquelas que dão o verdadeiro sentido ao AMOR…

Estou exausta…
Exausta de um mundo que não pára p’ra “ver”
Que não pára p’ra “ser”...
Quero a “bolha”…
A “bolha” onde o relógio pára de contar o tempo
Onde deixo de estar exausta por um momento…


texto e foto por Isabel Reis
todos os direitos reservados

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Pensamentos da Lua

Em determinados momentos, todos precisamos que alguém nos “mostre” a vida pelos seus olhos… de tão “cegos” estamos com o que nos habituamos a ver com os nossos.


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

Migalhas de Amor...

Migalhas de amor vadio Amor frio… escorregadio… Migalhas de amor pequeno Amor cruel… amor veneno… Migalhas de amor corrido ...